Elevador dispara e bate no teto do 10º andar com aluno da Fames dentro

Elevador dispara e bate no teto do 10º andar com aluno da Fames dentro

15/08/2024 Off Por ddd27

“O elevador começou a subir rapidamente, de portas abertas, e só parou quando bateu no teto do prédio, no 10º andar! Foi muito rápido e tudo de portas abertas! Fiquei em pânico, paralisado. Tinha certeza que iria morrer!”

O desabafo é do estudante de canto popular da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), Arthur Siqueira de Carvalho, 21 anos, que por pouco, não se machucou. O acidente aconteceu por volta das 20h desta terça-feira (13), no Edifício Março, localizado no Centro de Vitória, onde acontecem aulas da faculdade.

O jovem conta que no horário do intervalo, usava o elevador com mais três colegas para descer do quarto andar até a saída do prédio. Ao chegar ao térreo, os estudantes foram saindo e quando terceiro deixou o equipamento o mesmo subiu em disparada, sem controle e de portas abertas!

“Quando eles saíram, o elevador ficou bem mais leve e começou a subir rapidamente, sem controle, sem freio, de portas abertas, até se chocar contra o teto no 10º andar. Fiquei em pânico, pensando que o elevador iria despencar de volta para o térreo! Por pouco não aconteceu uma tragédia! Foi um milagre não ter me machucado, mas estou em apavorado até agora, com medo de entrar em elevadores”

O elevador começou a subir rapidamente, de portas abertas, e só parou quando bateu no teto do prédio, no 10º andar! Foi muito rápido e tudo de portas abertas! Fiquei em pânico, paralisado. Tinha certeza que iria morrer!

descreveu a vítima.

O desabafo é do estudante de canto popular da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), Arthur Siqueira de Carvalho, 21 anos, que por pouco, não se machucou. O acidente aconteceu por volta das 20h desta terça-feira (13), no Edifício Março, localizado no Centro de Vitória, onde acontecem aulas da faculdade.

O jovem conta que no horário do intervalo, usava o elevador com mais três colegas para descer do quarto andar até a saída do prédio. Ao chegar ao térreo, os estudantes foram saindo e quando terceiro deixou o equipamento o mesmo subiu em disparada, sem controle e de portas abertas!

Quando eles saíram, o elevador ficou bem mais leve e começou a subir rapidamente, sem controle, sem freio, de portas abertas, até se chocar contra o teto no 10º andar. Fiquei em pânico, pensando que o elevador iria despencar de volta para o térreo! Por pouco não aconteceu uma tragédia! Foi um milagre não ter me machucado, mas estou em apavorado até agora, com medo de entrar em elevadores

contou o estudante.

O elevador ficou danificado após bater no teto do prédio. Foto: Arthur Siqueira de Carvalho

Arthur disse estar preocupado com a estrutura do local:

“Nós já não estávamos satisfeitos de ter que sair do prédio da Fames, atravessar aquelas avenidas muito perigosas e movimentadas, para ter que estudar no Edifício Março. Com esse acidente ficamos ainda mais inseguros, principalmente quanto à estrutura do local questionada há um bom tempo pelos alunos da Fames”.

Dever de segurança dos imóveis

De acordo com as normas jurídicas, os imóveis precisam garantir condições perfeitas de segurança para os usuários.

“A ABNT, o manual do fabricante e a legislação municipal (em Vitória a lei 4.821/98 e o decreto 11.388/02), obrigam os condomínios dos imóveis a realizar as manutenções preventivas e corretivas nos elevadores e demais equipamentos da unidade. Quando não as fazem, gera o dever de reparar danos materiais e morais causados aos usuários”, explicou o advogado Eduardo Fernandes.

No episódio ocorrido na terça, os alunos não ficaram feridos, mesmo assim, podem pedir na justiça indenização pelo forte abalo psicológico que sofreram. “Tem que reunir a maior quantidade de provas possíveis para ingressar com a ação, como por exemplo, testemunhas, vídeos, fotos, enfim, tudo que comprove os fatos alegados. Lembrando também que qualquer usuário pode pedir a apresentação do alvará de funcionamento do elevador e o condomínio do prédio tem que apresentá-lo”, destacou Eduardo Fernandes.

Importante lembrar que o alvará para funcionamento dos elevadores na cidade de Vitória tem validade de 01 ano. Os equipamentos precisam passar por manutenções preventivas/corretivas para que seja expedido o relatório de inspeção anual (RIA) e obtenham o alvará para funcionamento.

 Fames enviou mensagem aos alunos

No dia seguinte ao incidente, a Fames enviou mensagens aos alunos informando que as aulas no prédio onde ocorreu o incidente estavam suspensas.

Fames diz que elevador é responsabilidade do condomínio

O Conexão Justiça entrou em contato com a Fames, que enviou uma nota dando explicações sobre o caso. Segundo a faculdade, o elevador é de responsabilidade do condomínio.

VEJA A NOTA DA FAMES:

“A manutenção e conservação do elevador são de responsabilidade exclusiva da administração do condomínio do edifício Março. No entanto, a Fames verifica rotineiramente a manutenção e vistoria, que se encontram regularizados.

A Fames acompanha o caso e aguarda a conclusão do laudo e o restabelecimento do funcionamento do elevador com garantias de segurança.

Por hora, toda a comunidade acadêmica já foi orientada pelo uso das escadas e algumas aulas foram remanejadas para o prédio da Fames, atendendo aos alunos e professores que necessitam de maior acessibilidade.

O quarto andar do edifício, de uso da Fames, foi totalmente reformado e não oferece riscos à segurança.

Quanto à Avenida Princesa Isabel, que conta com faixas de travessia utilizadas por todos os cidadãos, não está na esfera de alcance da instituição. Não obstante, a Fames já protocolou ofício junto à Prefeitura de Vitória solicitando melhorias”.

O Conexão Justiça também fez contato com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES). Assim que houver as devidas manifestações, este texto será atualizado.

A coluna também entrou em contato com a administração do condomínio. Assim que houver resposta, este texto será atualizado